quarta-feira, 19 de junho de 2013

Oficina de Leitura

Oficina de Leitura: Leitura no Mundo Virtual

Por Profª Rute S. R. Gomes

1-Objetivos: 
-Motivar a leitura de diferentes gêneros textuais;
-Instigar os alunos a buscar novas leituras;
-Buscar novas linguagens;
-Ampliar o conhecimento através das TDICs;
-Desenvolver a Competência Leitora e Escritora.

2-Conteúdos: _
-Diversos gêneros textuais: Narrativos, contos, crônicas, fábulas, histórias em quadrinhos, charge, tirinhas, resumos, resenhas;
-Diversas linguagens: leitura de obra de arte, letras de músicas, gráficos, pintura, releitura de obras de artes, esculturas.

3-Estratégias:
1° Passo: Expor para os alunos o trabalho que será realizado na Sala de Informática;
2° Passo: Ida até SAI para a pesquisa dos gêneros textuais, definição e  características dos gêneros a serem estudados;
3° Passo: Após a leitura dos textos, roda de conversas para compartilhar as informações obtidas com a pesquisa;
4° Passo: Elaboração de um blog e mural na escola com as experiências vividas para divulgar o resultado.

4-Recursos:
Recursos materiais: Alunos monitores do Acessa, professor titular, professor auxiliar, coordenação, direção;
Recursos materiais: Internet, produção dos textos dos alunos.

5-Avaliação: Participação interativa dos alunos, em cada etapa a ser desenvolvida.

domingo, 16 de junho de 2013

Dica de férias - Mega Artesanal








Para quem gosta de artesanato como eu, vai uma dica para passeio nas férias.
Uma mega feira de artesanato com cursos variados (grátis e pagos) e varias coisas lindas de se ver.
Mas o que artesanato tem a ver com leitura e escrita? Nada? Não é bem assim, além de decorarmos nossas salas de aula ou sala de leitura para tornar um ambiente mais prazeroso de se trabalhar, lá encontramos também oficinas de fantoches.....quem não gosta de uma boa história de fantoches. Podemos trabalhar também o modo imperativo do verbo quando estamos ensinando uma "receita" de artesanato ou seja o passo a passo. 
Podemos fazer varias coisas além de nos distrair e ver as belezas que as mãos humanas produzem.
Não percam!
Abraços
Profª Elisangela

Plano de aula Texto Pausa - Moacyr Scliar

Conteúdo : Texto Pausa Moacyr Scliar

Público Alvo 7º e 8º ano

Duração 2 aulas

Expectativas - desenvolver a compreensão dos textos orais, escritos e interpretação.
 
Habilidades- ativar conhecimentos, produzir inferências como local e global, recuperação do contexto, elaboração de apreciações;
 
Estratégias - Leitura oral feita pelo professor, com inferências...
 
Perguntas: O que é pausa? Onde aconteceu?
Como é o nome do personagem principal?
O que aconteceu?  Por que o personagem fugia? Vocês consideram isto fuga?
 
Metodologia - Leitura em voz alta, após a leitura discussões a respeito do texto
 
Avaliação: Texto fatiado
 
Bibliografia Scliar, Moacyr Pausa. In bosi Alfredo ( Org.) 

Por profª Rute S.R.Gomes
 

Sugestão de situação de aprendizagem na reposição do curso


NO RESTAURANTE

- Quero lasanha.
Aquele anteprojeto de mulher  
(Por que o garçom  teve esse pensamento sobre a cliente, como você imagina que é este projeto de mulher? É jovem ou  velha?  O que significa a palavra anteprojeto?)  - quatro anos, no máximo, desabrochando na ultraminissaia - entrou decidida  no restaurante. Não precisava de menu, não precisava de mesa, não precisava de nada. Sabia perfeitamente o que queria. Queria lasanha.  (Esta  menina está sozinha? Quem estará a acompanhando? Por que ela entrou sozinha?)
O pai, que mal acabara de estacionar o carro em uma vaga por milagre, apareceu para dirigir a operação-jantar, que é, ou era, da competência dos senhores pais.
(Por que o narrador diz ser competência dos “senhores pais” operar o jantar”?)
- Meu bem, venha cá.
- Quero lasanha.
- Escute aqui, querida. Primeiro, escolhe-se a mesa.
(Em todas as situações em que você vai se alimentar fora de casa primeiro escolhe-se a mesa?)
- Não, já escolhi. Lasanha.
Que parada - lia-se na cara do pai. Relutante, a garotinha condescendeu em sentar-se primeiro, e depois encomendar o prato
: (O que signifaca condescendeu?)
- Vou querer lasanha.
- Filhinha, por que não pedimos camarão? Você gosta tanto de camarão.
- Gosto, mas quero lasanha.
- Eu sei, eu sei que você adora camarão. A gente pede uma fritada bem bacana de camarão. Tá?
(Por que o pai tentar convencer a filha a comer camarão? Será que nesse restaurante vende-se lasanha?)
- Quero lasanha, papai. Não quero camarão.
- Vamos fazer uma coisa. Depois do camarão a gente traça uma lasanha. Que tal?
(Como o pai persuade a filha a comer camarão?)
- Você come camarão e eu como lasanha.
O garçom aproximou-se, e ela foi logo instruindo:
- Quero uma lasanha.
O pai corrigiu:
- Traga uma fritada de camarão pra dois. Caprichada.
(Qual dos dois pedidos foi atendido pelo garçom? Por que ele atendeu ao pedido do pair?)
A coisinha amuou.
( O que significa amuou? Como você chegou a essa  conclusão?) Então não podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que é proibido comer lasanha? Essas interrogações também se liam no seu rosto, pois os lábios mantinham reserva. Quando o garçom voltou com os pratos e o serviço, ela atacou:
- Moço, tem lasanha?
- Perfeitamente, senhorita.
O pai, no contra-ataque:
- O senhor providenciou a fritada?
- Já, sim, doutor.
- De camarões bem grandes?
- Daqueles legais, doutor.
- Bem, então me vê um chinite, e pra ela... O que é que você quer, meu anjo?
( Por que o pai permite que a filha escolha a bebida? O  que é um chinite?)
- Uma lasanha.
- Traz um suco de laranja pra ela.
Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fritada de camarão, que, para surpresa do restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos acontecimentos, não foi recusada pela senhorita
(Por que ela aceitou comer os camarôes mesmo querend o a lasanha e sabendo que existia esse prato no restaurante?). Ao contrário, papou-a, e bem. A silenciosa manducação atestava, ainda uma vez, no mundo, a vitória do mais forte.
- Estava uma coisa, heim? - comentou o pai, com um sorriso bem alimentado. -Sábado que vem, a gente repete... Combinado?
- Agora a lasanha, não é, papai?
(O pai entendeu o combinado da mesma foram que a filha?)
- Eu estou satisfeito. Uns camarões tão geniais! Mas você vai comer mesmo?
- Eu e você, tá?
- Meu amor, eu...
- Tem de me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha.
(Qual foi a reação do pai?)
O pai baixou a cabeça, chamou o garçom, pediu. Aí, um casal, na mesa vizinha, bateu palmas. O resto da sala acompanhou. O pai não sabia onde se meter. A garotinha, impassível. Se, na conjuntura, o poder jovem cambaleia, vem aí, com força total, o poder ultra-jovem.
(O que significa Ultrajovem? Qual é sua opinião sobre o comportamento da menina?)
ANDRADE, Carlos Drummond. Crônicas I -“Para Gostar de Ler 1”. São Paulo: Editora Ática; 2005. 27º Edição

 

 

Plano de Ensino:

Estratégias de Leitura

Público Alvo: 8ª série/ 9º ano – E F

Tempo: 2  aulas

Objetos:

  Enriquecer o vocabulário;

  Ativar conhecimentos prévios e de checagem;

  Monitorar a compreensão;

  Fazer inferências;

  Localizar informações explícitas e implícitas no texto;

  Adotar atitude crítica.

Metodologia/ materiais:

Leitura pausada  do texto com montagem no power point ou na transparência  ou distribuindo o texto nas mãos dos alunos.

Antecipação do Título

O que significa a palavra pausa?

Pelo título é possível deduzir do que o texto irá tratar?

Gênero: Uma Crônica: No Restaurante  (Carlos Drummond de Andrade).

Descrição de estratégia: Leitura pausada dos parágrafos com questionamentos que possibilitem inferências e checagens.

Recursos: Data Show com apresentação no Power Point / ou transparência e retroprojetor.

Avaliação: Dramatização para recontar a história: Teatro de sombras, utilizar objetos.

Sugestão de leitura


Indicação de leitura:

ANTES QUE ELES CRESÇAM

Affonso Romano de Sant’Anna

Há um período em que os pais vão ficando órfãos de seus próprios filhos.
É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados.
Crescem sem pedir licença à vida.
Crescem com uma estridência alegre e, às vezes com alardeada arrogância.
Mas não crescem todos os dias, de igual maneira, crescem de repente.
Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maneira que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.
Onde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu?
Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do maternal?
A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça…
Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes e cabelos longos, soltos.
Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com uniforme de sua geração.
Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias, e da ditadura das horas.
E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros.
Principalmente com os erros que esperamos que não se repitam.
Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos filhos.
Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas.
Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô.
Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvirmos sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, posters, agendas coloridas e discos ensurdecedores.
Não os levamos suficientemente ao Playcenter, ao shopping, não lhes demos suficientes hamburgueres e refrigerantes, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado.
Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto.
No princípio iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhos.
Sim havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim.
Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e os primeiros namorados.
Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daquelas “pestes”.
Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito para que eles acertem nas escolhas em busca da felicidade.
E que a conquistem do modo mais completo possível.
O jeito é esperar: qualquer hora podem nos dar netos.
O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco.
Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho.
Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto.
Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.

 Li esse texto na reunião de pais e foram muitas lágrimas. Todos os pais se emocionaram. Sempre pensamos muito nos textos para nossos alunos.

Fica a dica: Uma parte muito importante de nosso trabalho é a família, vamos pensar em fazer deles também leitores ávidos.


PENSE NISSO!

Beijos Bia Maldonado


Relato de leitura


Relato de experiência literária:

Viajar pelo mundo afora sem sair do sofá

Sempre gostei de ler, o primeiro livro que li inteiro foi: “O jacaré resfriado”.
Meu pai foi meu grande incentivador, me trazia muitos gibis, me presenteava com livros de contos de fadas, que tenho guardado até hoje.
Lembro-me também de um grande professor de geografia que tive na “7ª série” o Robson que me fez ler muitos livros, o que mais gostei de discutir foi a Revolução dos Bichos, depois desse livro comecei a ver a me ver como cidadã do mundo e a analisar as relações políticas e como essas interações interferem na minha vida.
Esse meu novo olhar incomodou muitos professores que vieram depois, todos os meus porquês, nem sempre eram bem vistos e aceitos.
Durante o período do Ensino Médio, época em que fiz o Magistério, era Muito Chato ler para depois fazer uma prova sobre personagem principal e secundário. Era maçante, parado, preferia ler Paulo Coelho, que era totalmente reprovação geral de meus professores de Literatura. Mas cresci e ainda adoro ler seus livros. Tenho o prazer de ter lido todos os que já foram publicados.
Quando cheguei na faculdade já odiava ler os livros com a classificação “Isso é um clássico!”, tanto que fiz vestibular para matemática...Pensei bem e ainda não sei dizer bem o porquê, mudei para Letras.
Hoje digo “Graças a Deus” fiz isso, tive o grande prazer de ser salva por meus professores de literatura da faculdade, André, Marcos Gérson, Sônia Alvares, Sônia Regina, entre outros. Essas pessoas maravilhosas tiraram uma cortina de desânimo e me ensinaram a amar novamente os Clássicos, As indagações, intervenções, explicações eram muito diferentes de tudo aquilo que eu sabia sobre literatura.
Hoje tento trazer para meus alunos a paixão que meus professores plantaram em mim. Lei trechos, discuto, explico e tento ilustrar.
E por questão de honra nunca pergunto quem são as personagens principais e secundárias de nenhum livro.
Os livros são meus eternos e fiéis companheiros, em todos os lugares. Dou risada, choro, me emociono, e quando volto vejo que nem saí do sofá, de casa, da sala de espera de qualquer lugar. Pois, se há algo muito bom nos livros é que não há lugar, hora ou razão para ler.
Beijos Bia Maldonado.



Meu primeiro contato com a leitura


Olá!!!
     Sou a professora Beatriz, ou com meus alunos me chamam, Bia.
Apesar de muitas vezes ainda não acreditar já sou professora há muitos anos. Formei-me no antigo Magistério em 1.998. E desde então estou por aí, mudando de escola e tentando mudar o mundo.
Fui alfabetizada de uma forma pouco ortodoxia, minha irmã, que é 12 anos mais velha que eu na época fazia magistério, me ensinou a ler debaixo da escada de nossa casa. Inventou uma historinha para cada letra, o A era de oca, pois a letra A em caixa alta parece uma oca, o C era de rabo, o B era o padre gordo que usava sinto. E assim foi.
Resultado lia aos 4 anos e achava o máximo aquele mundo de letras.
Mas desde então me deparei com coisas tristes na escola, usei a palavra triste na dúvida se esse seria o termo correto a empregar, ao ler se alguém encontrar uma palavra que explique melhor essas histórias aceito sugestões.
A primeira história ocorreu no Jardim de infância, quando as vésperas do desfile cívico de 7 de setembro, as mães foram chamadas para uma reunião onde seriam decididas as fantasias de nós alunos para o grande dia. Pedi para minha mãe para que eu fosse de bailarina, minha professora riu e disse: _ “Como você sabe que tem bailarina?”, então respondi com toda a simplicidade de uma criança de 5 anos, _” Está escrito antes de bombeiro”. Ela ficou bem admirada, e hoje penso como ela passou tanto tempo comigo sem perceber que já lia?
Foram vários momentos como esse que hoje, professora me questiono sobre como somos vistos e vemos nossos alunos.

Beijos Bia Maldonado.